quinta-feira, 15 de abril de 2010

Em um dia de chuva...



Um dia de chuva de repente se tornou um dia perfeito pois assim mais tranquilamente essa garotinha pode se expressar sem medo. Paro de repente em frente a janela e observo a chuva com suas milhares de gotículas de água a cair numa velocidade impressionante, observo também as pessoas lá fora na rua, algumas delas a recolher as suas coisas, seus instrumentos e fontes de renda porque com a chuva com certeza o custo do dia seguinte será um valor inferior ao dos dias de sol de verão. As demais pessoas da rua ficam apenas paradas ali a analisarem uma a uma, mantendo a conversa em dia como fazem inúmeras vezes, ou simplesmente pelo simples fato de não encontrarem nada de interessante de fato para fazerem, é nesse ponto que muitas vezes as pessoas se enganam, certo que comparado a um dia normal tem certas limitações, mas é em um dia de chuva que damos asas à nossa imaginação e modificamos em um dia inusitado. Da minha janela, Oh!, os meus pensamentos vão longe, vou atrás daquele passarinho escondido entre as folhas das árvores, daquela florzinha perdida no meio do jardim e milhares e milhares de outras coisas tão simples, tão pequenas.
Eu posso até não saber quanto tempo a chuva pode durar, mas prometo que mesmo assim vou torná-lo inesquecível como outro dia trivial da minha vida. A minha casa é enorme lá de cima no primeiro andar da mesma começo a olhar os pequenos pontinhos pretos e coloridos aí então começo a ficar mais curiosa, eles se movimentam numa velocidade tão rápida e outros lentamente como se não estivessem com pressa de se locomover, outros ainda explodem como jatos de água, enquanto isso o tempo continua fechado, com suas nuvens obscuras transbordando cores frias, assombrosas por sinal, contudo, esses pontinhos que tanto procuro vão se tornando raros até que chegam a um ponto que não os encontro mais, eles fogem do meu alcance.
Que pena porque me diverti tanto tentando compreendê-los, certa hora vi dois pontinhos de cores bem distintas um era castanho, marrom bem vivo, o outro uma cor parecida com o amarelo mais claro, estranho, mas tive a ligeira impressão de que eles estavam tentando se conectar um ao outro de um modo peculiar eu diria, de repente quando eu estava entusiasmada pra desvendar o mistério destes dois pontinhos que prenderam a minha atenção e o foco para eles, estes notaram a minha visão e sumiram no piscar de olhos, penso neles até hoje, os formatos eram dos mais variados sem falar também do som que emitiam muitos possuiam um som grave, outros suaves, tinham também alguns que eram quase imperceptíveis, inaudíveis. Mas o problema maior naquele momento era que dentro do ambiente em que me encontrava carecia de luz, a única fonte de luz que tinha ali eram algumas velas acesas, por isso fiquei um pouco aborrecida porque me atrapalhava na descoberta e investigação do meu novo mistério advindo do dia de chuva.
Todas as noites em que ouvia no rádio que iria chover de antemão já me preparava para um novo dia de investigação com a minha capa de cor escura, os meus óculos escuros, bem velhinhos, mas que davam todo o diferencial do meu uniforme de detetive, imaginem só eu, de detetive foi um sonho, assim que a escuridão tomou conta da rua lá estava eu de prontidão pra observar as ações dos meus suspeitos pontinhos com uma caneta e um caderno de escola bem surrado que eu ganhara de recordação de um coleguinha do bairro, mesmo não enxergando nada rabisquei algumas anotações importantes neste meu novo caso. Lia, relia, uma, duas, três vezes ou mais dependendo da gravidade.Mamãe, papai e os meus dois irmãos achavam que era uma perda de tempo minha, eles começavam a rir de mim, porém mamãe que era mais compreensiva me dizia que , segundo ela se eu me esforçasse o suficiente, estudando muito, traduzindo o que ela me disse eu poderia ingressar em uma carreira profissional que me traria sem dúvidas benefícios e um capital maior....
Continua....

Um comentário:

  1. Gosteii muito não vejoo a hora de desvendaar esse mistérioo.
    Paraabénss Flor'
    BeijOooOocas!

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